2011: outro ano que entra. Mas esse entra diferente. Não por causa das já tão tradicionais esperanças e promessas renovadas, que todos já sabemos, não passam nem do carnaval. Mas, ao que parece, as coisas estão, para mim pelo menos, desviando para o desconhecido. As portas se abrem e novos caminhos se estendem para além das tantas voltas que já dei por aqui. Isso é bom, mas assusta. E eu, agorafóbico, fico paralisado contemplando as possibilidades. Vontade eu tenho, quero ir, mas tenho medo. É claro que não tenho escolha, tenho de caminhar em frente. Devo isso as pessoas à minha volta que tem muito mais esperança em mim do que eu mesmo. Terei de me acostumar com o novo, e espero que dessa vez tudo dê certo realmente. Acho que em fim me dei conta de que tenho de começar por algum lugar, embora ainda mantanha guardado alguns sonhos impossíveis a serem realizados, talvez um dia. Desenvolvi um sério complexo de idade, o tempo passa rápido demais e não dá para fazer tudo que desejo. Darei um jeito, mas tem certas coisas que não deixarei de fazer mesmo. Enfim, terei de vencer de vez esse medo do mundo e das coisas, e não há outra opção, pois atrás de mim, o mundo inteiro se fechou, não há como voltar. E se eu ficar parado, passam por cima e eu acabo de vez. Não dá, e não quero que dê. Estas são as últimas férias que passarei parado, pois quando o ano realmente começar, terei de crescer.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 às 09:16

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