Postagem reservada

Sabe que as vezes eu tenho saudade da PUC, mas só por causa das pessoas. Principalmente algumas. Tem gente tão longe agora, e outros que embora estejam perto, não aparecem. Aí eu fico com um nó no peito só de pensar nas nossas risadas, nas andanças até a biblioteca, nas reclamações sobre o curso, nos dias de mau humor, nos trabalhos que SEMPRE davam errado na hora de apresentar... Eu sabia que sentiria falta, mas não imaginei que seria tanta. Mas eu realmente acredito que fomos amigos, não sei se ainda somos, espero que sim pois ainda me sinto assim. Lembro exatamente do primeiro dia que sentamos na praçinha do coréu. Não nos conheçiamos, mas acho que já nos identificamos ali! E daí vieram as matérias, os textos, os Benvenistes e eu achava que tava tudo tenso e chato, mas agora pensando sobre isso, até que a gente dava um jeito de se divertir bastante! Faziamos planos, pensávamos sobre o futuro. Sinto que essa postagem está com cara obtuário de gente morta, que era podre em vida e santo na morte... É só que, eu genuinamente sinto falta de vocês...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 às 17:01 , 0 Comments

O fim de tarde estava amarelado, parecia que o mundo estava em sépia. A vida vira deserto de vez enquando. A gente dá uma olhada em volta e se dá conta de que tudo que era tão vivo antes, virou pó. Dunas de areia seca que queimam as solas dos pés, apagam as pegadas e deixam a gente doendo e sozinho. Tudo é igual para todos os lados. E vazio. Dá vontade de deitar e ficar sentindo o sol e o vento batendo no rosto, e ficar imaginando, sonhando acordado. Dá vontade de sorrir. Mas aí passa. Porque não dá para sonhar pra sempre, de vez enquando tem de se abrir os olhos, porque as idéias se acabam e a gente precisa de ajuda para ter inspiração. De vez enquando aparece um cacto, um lagarto, um escorpião, uma cobra. Tudo a mesma coisa. Dá até raiva. A gente tem as mesmas manias, as mesmas aversões, os mesmos pensamentos. Nada é original. Mas todo mundo insiste em achar que é. Só que tudo aqui é amarelo sem graça. Ou beje, que é a mesma coisa com nome chique. Daí, dá preguiça de existir, porque se já aconteceu tudo mesmo, cadê o suspense? Cadê a emoção? Cadê qulquer coisa que valha a pena? Mas aí vem o medo. Se não tiver nada disso, o que é que tem? Tem nada. Nada o que? Nada, só nada. E nada ninguém sabe o que é. Só o que não é. Então, vou dar um jeito de arrumar essa bagunça. Botar cada duna lugar, abraçar os poucos cactos que ainda restam, deixar-me morder, picar, bicar, chifrar, rasgar, triturar e tudo o mais, só porque o barulho do vento é assustador demais.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011 às 18:08 , 0 Comments

Não, eu não melhorei. E não me perdoei. Ainda não vou para o céu. Também não evoluí. Cada vez mais hipócrita. Quem sabe menos medroso? Acho que descobri um outro caminho. Claro, que ele também não é acessível. Clichê. Continuo por continuar. Sem o que dizer. Pensando demais, agindo de menos. Mais e mais cansado de tudo e de todos. Ainda não achei o botão de f5 da vida. Ou pelo menos o f5 das pessoas. Quem precisa de f5 sou eu. Preciso reiniciar, mas tenho medo de deixar de ser. Sem memórias, ainda somos nós mesmos? Acho que não. Como será não ser? Não quero descobrir. Acho que me importo demais. Não me ensinaram como relaxar. Quero aprender a fechar os olhos e não pensar em quem está olhando de lá. Já me disseram várias vezes que tenho de me importar só comigo mesmo. Mas se até para ser egoísta eu sou ruim...

terça-feira, 19 de abril de 2011 às 11:40 , 0 Comments

2011: outro ano que entra. Mas esse entra diferente. Não por causa das já tão tradicionais esperanças e promessas renovadas, que todos já sabemos, não passam nem do carnaval. Mas, ao que parece, as coisas estão, para mim pelo menos, desviando para o desconhecido. As portas se abrem e novos caminhos se estendem para além das tantas voltas que já dei por aqui. Isso é bom, mas assusta. E eu, agorafóbico, fico paralisado contemplando as possibilidades. Vontade eu tenho, quero ir, mas tenho medo. É claro que não tenho escolha, tenho de caminhar em frente. Devo isso as pessoas à minha volta que tem muito mais esperança em mim do que eu mesmo. Terei de me acostumar com o novo, e espero que dessa vez tudo dê certo realmente. Acho que em fim me dei conta de que tenho de começar por algum lugar, embora ainda mantanha guardado alguns sonhos impossíveis a serem realizados, talvez um dia. Desenvolvi um sério complexo de idade, o tempo passa rápido demais e não dá para fazer tudo que desejo. Darei um jeito, mas tem certas coisas que não deixarei de fazer mesmo. Enfim, terei de vencer de vez esse medo do mundo e das coisas, e não há outra opção, pois atrás de mim, o mundo inteiro se fechou, não há como voltar. E se eu ficar parado, passam por cima e eu acabo de vez. Não dá, e não quero que dê. Estas são as últimas férias que passarei parado, pois quando o ano realmente começar, terei de crescer.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 às 09:16 , 0 Comments