Neste mundo de fingimentos, eu me pergunto, existe algo que realmente possa me dar alívio? Acho que não. Provavelmente passarei a minha vida toda, até o último segundo esperando um milagre que nunca virá. Culpa minha. Joguei-me de cabeça em um conto de fadas que eu mesmo criei e jamais, jamais conseguirei sair! Ah, como eu desejo poder tornar todos os meus sonhos reais! Dizem que crescemos com o tempo, aprendemos com a vida. Será? Irei eu conseguir esquecer os meus sonhos para trás e fechar os olhos para tudo que foi parte, e quão grande parte, de mim um dia? Não. Porque eu não quero e não tenho forças. Não tenho mesmo. Eu poderia ser muito diferente hoje, e mesmo com tantos problemas, eu sou feliz! Eu sei que reclamo demais mas, isso não quer dizer que eu não aprecie as partes boas da minha vida. Muito pelo contrário. São elas que me mantém inteiro, e é por momentos bons, como poder escrever algumas linhas para uma amiga em seu aniversário; tentar de todas as maneiras possíveis ajudar alguém que é sempre o solo firme onde eu me jogo quando não tenho mais pra onde recorrer; fazer hora com a cara das pessoas. Enfim. Certos momentos que me fazem tão feliz e que no fim das contas, terminam por contrastar ferozmente com a falta que certas coisas me fazem. Eu sinto falta de ter conteúdo. Sinto-me vazio. Quero poder olhar para dentro de mim e ver tudo fervilhar. Quero me abrir completamente e ter o que mostrar! Isso me atormenta. Eu tenho uma garoa dentro de mim quando desejo uma tempestade. Um programa infantil quando desejo um show de horrores! Cara, onde está a minha intensidade? O que há de interessante em mim? Acho que vou acabar me mutilando pra ver se ainda tenho orgãos internos. Definitivamente, não. Dor não é comigo. Saco! Estou divagando. Sinal de que devo ir embora.
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